terça-feira, 10 de maio de 2016

Breve história do Egito Antigo

Egito pré-dinástico
Evidências arqueológicas indicam que o Egito foi habitado por caçadores há mais de 250.000 anos atrás quando era um grande pasto verdejante.  O período paleolítico, por volta de 25.000 anos antes de Cristo, trouxe mudanças climáticas extremas que transformaram o Egito numa terra muito árida.
 Seus habitantes sobreviveram através da caça e da pesca além de uma primitiva forma de cultivo do solo.  A desertificação do Egito acabou não se concretizando por completo em função de chuvas que permitiram as comunidades de agricultores fazer assentamentos em sua região central, permeando o delta do Nilo.  Estes fazendeiros desenvolveram o cultivo do algodão, trigo e seus sub-produtos assim como a administração do gado. 
 O primeiro grupo nativo do Egito foi identificado no sul do país, através de escavações arqueológicas por volta de 1920.  Descobriu-se cemitérios e povoamentos que datam de 4000 a.C.  Essa primeira civilização pré-dinástica se caracterizava por atividades ligadas ao cultivo da terra, caça e mineração.  Produziam porcelana fina e objetos entalhados e adquiriam turquesa e madeira através de trocas comerciais.
 Os Nakada, a seguir, viveram por volta de 4000 a.C. e produziam porcelana decorada, assim como pequenas estatuetas de barro e marfim que indicam sua predileção para a guerra ou, pelo menos, sua atração por ela.  Os artefatos datados de 3300 a.C. mostram um desenvolvimento mais apurado, tanto em termos de cultura quanto de tecnologia.  Evidências de sistemas de irrigação bem como a utilização de materiais estranhos àquela região, tais como, lápis lazuli, indicam uma diversidade cultural e o desenvolvimento acelerado do comércio com o exterior.
 Durante a maior parte do período histórico conhecido por pré-dinástico, o Egito viu a multiplicação destes assentamentos que gradualmente se tornaram pequenos reinos tribais.  Esses reinos evoluíram para dois estados livres confederados: um circundava o Vale do Nilo indo até o delta e dominado pelos Nakada, com “Hierakonpolis” sendo a capital e tendo como deidades principais Seth e Coroa Branca; o outro circundava o delta, sendo Buto a capital e tendo como deidades Hórus e a Coroa Vermelha.

Coroas do Baixo e Alto Egito
 Os dois reinos rivalizavam e lutavam por um poder que abarcasse toda a terra do Egito. Essa luta acabou com a vitória do sul e a unificação das duas pátrias em 3100 a.C., sujeito ao comando de Menés, conhecido também por Narmer.  Este foi o início do período dinástico dos faraós.
A primeira dinastia ou Período Arcaico (3100-2686 a.C.)
Este período oculta-se na mitologia.  Pouco se sabe sobre Menés e seus descendentes, além de sua descendência divina e do desenvolvimento de um sistema social complexo.  Patrocinaram as artes e construíram muitos edifícios públicos.
A fundação de Menphis, primeira cidade real é atribuída a Menés. De Menphis, o terceiro e o quinto rei da Primeira Dinastia, que se estendeu de 3100 até 2890 a.C., se prepararam para conquistar o Sinai.  Durante a Primeira Dinastia a cultura se tornou incrivelmente refinada.  Os funerais reais tinham sua localização em Saqqara e Abydos.
A Segunda Dinastia durou de 2980 a.C. até 2686 a.C. e foi caracterizada por disputas e a descentralização da autoridade faraônica, um processo que foi somente temporariamente interrompido pelo Faraó Raneb, também chamado Hotepsekhemwy.  Estas disputas regionais eram, muito provavelmente, o resultado do conflito sem resolução entre os dois deuses que lideravam a crença de cada um dos reinos, Hórus no sul e Seth no Delta.   A rivalidade entre os dois deuses parece ter sido resolvida por Khasekhem, o último Faraó da Segunda Dinastia.
O Antigo Reinado (2686-2181 a.C.)
As práticas funerárias faraônicas continuaram seu desenvolvimento durante a terceira dinastia, durando de 2686-2613 a.C., e marcaram o início do Antigo Reinado. A primeira pirâmide egípcia foi construída durante o século 27 a.C.
A pirâmide de degraus em Saqqara, construída pelo rei Zozer e seu arquiteto Imhotep, foi divinizada por muitos e considerada como sendo a primeira pirâmide construída no Egito. Antes disso as tumbas reais eram construídas em tijolos feitos de argila e secos no sol. A enorme pirâmide de Zozer atestou o poder do Faraó e estabeleceu a pirâmide como uma estrutura característica da última morada do Faraó, sua tumba funerária.  Durante o governo de Zozer o Deus reinou onipotente e superior a todas as outras deidades egípcias.
A quarta dinastia (2613-2494 a.C.) foi caracterizada pela expansão e pela construção piramidal.  Rei Sneferu construiu a Pirâmide Vermelha de Dashur, perto de Saqqara e a Pirâmide de Meidun em Al -Fayoum.  Ele também enviou expedições militares para longe, Líbia e Núbia.  Durante seu reinado o comércio ao longo do Nilo floresceu.
Os descendentes dele, Keóps (Khufu), Kefren (Khafre) e Miquerinos (Menkaure) foram os últimos três reis da quarta dinastia. Estes três faraós construíram as pirâmides de Giza.
O Egito sob o comando de Keóps se tornou o primeiro estado na história do mundo a ser governado de acordo com um sistema organizado.  A quarta dinastia também estendeu relações comerciais com o Ocidente próximo e extraiu e fundiu cobre na Núbia.
A quinta dinastia (2490-2330 a.C.) foi marcada por um relativo declínio do poder faraônico e sua riqueza, evidenciado pelas pirâmides menores de Abu Sir construídas durante este período.Os faraós não eram mais monarcas absolutos e começaram a compartilhar o poder com a aristocracia e os altos oficiais.  Como a independência da nobreza aumentou, suas tumbas se tornaram maiores e construídas a distâncias maiores das tumbas faraônicas.
A adoração ao Deus também se espalhou durante a quinta dinastia.  Foi durante o reinado de Unas que os textos religiosos foram colocados nas pirâmides nascendo então as descrições de vida após a morte que mais tarde foram reunidas dentro do Livro dos Mortos.
A descentralização da autoridade faraônica aumentou durante a sexta dinastia (2330-2170 a.C.) assim que pequenas províncias de principado emergiram para desafiar o poder dos Faraós. Os reis da sexta dinastia então foram forçados a enviar expedições a terras distantes como Núbia, Líbia e Palestina para controlar os separatistas, mas estas campanhas serviram ainda mais para corroer a autoridade central.  Por volta do reinado do último Faraó da sexta dinastia, Pepi II, o Antigo Reinado se tornou uma causa perdida.
a seguir... Império Médio
 
O Ano Mil
O Universo do Primeiro Mil�nio
"Cada �poca fabrica mentalmente o seu universo, n�o s� com todos os materiais com que disp�e, todos os fatos, verdadeiros ou falsos, que herdou ou que acaba de adquirir, mas tamb�m com seus pr�prios dons, a sua engenhosidade espec�fica, os seus talentos, as suas qualidades e suas curiosidades, tudo o que a distingue das �poca precedentes." - Lucien Febvre, 1941

Delimitando o Mil�nio: a celebra��o do segundo mil�nio � uma festa do Ocidente crist�o. E s� dele. Para milh�es de chineses, de indianos, e demais povos do mundo que se orientam por outros calend�rios, muito mais antigos, a entrada do Mil�nio nada lhes significa. Nem sequer o Fim do Mundo, porque nas religi�es orientais n�o existe a id�ia do Ju�zo Final, muito menos a chegada do Apocalipse. Logo importa fazer-se uma delimita��o religiosa, que diz respeito somente aos crist�os, por aqueles que seguem o calend�rio gregoriano que come�ou a vingar no s�culo 16. O Jubileu do Cristianismo e celebra��o do novo Mil�nio diz respeito portanto a apenas 1/5 da popula��o mundial.

Quanto a geografia do Ano Mil circunscrevemo-nos basicamente ao territ�rio da Fran�a atual, de parte da Alemanha, Inglaterra e Irlanda, que seguiam um calend�rio diferente dos crist�os ortodoxos que predominavam na Bulg�ria, nos Pa�ses B�lticos e na R�ssia. Na medida em que n�o h� material espec�fico sobre o que ocorreu exatamente no Ano Mil, acreditamos que a melhor solu��o para restaurar-se o clima geral daquela �poca foi ampliar para cem anos antes e cem anos depois daquela data, fazendo com que o espa�o cronol�gico abarcasse duzentos anos que v�o de 900 a 1100, mais ou menos.

Mito e verdade sobre o Ano Mil: difundiu-se, especialmente na Renascen�a, a id�ia de que teria havido nas aproxima��es do Ano Mil, enorme tumulto e pavor em toda a Europa. Resultariam eles da convic��o dos homens daquela �poca, vivendo nos grot�es medievais, de que a chegada do Jubileu de Cristo, anunciava tamb�m o Fim do Mundo e o Dia do Ju�zo Final. Afinal eles n�o estariam t�o temerosos se a pr�pria B�blia, no Livro do O Apocalipse de Jo�o, n�o anunciasse, na sua confusa escrita, sinais de cat�strofes na v�spera do Mil�nio. O pr�prio Jesus, cavalgando um corcel branco e armado com a espada vingadora baixaria dos c�us para um fant�stico acerto de contas. N�o teria contempla��o para com os que n�o atenderam o seu chamado, os seguidores da Besta. O Jesus do Apocalipse n�o vinha para trazer a Paz mas para executar a Vingan�a. A passagem reveladora dos poss�veis perigos enfatiza que passados mil anos o Dem�nio seria novamente solto, e alguns mortos voltariam � vida. Diz ela:
"Vi ent�o um Anjo descer do c�u, trazendo na m�o a chave do Abismo e uma grande corrente. Ele agarrou o Drag�o, a antiga Serpente - que � o Diabo , Satan�s - acorrentou-o por mil anos e o atirou dentro do Abismo, fechando-o e lacrando-o com um selo para que n�o seduzisse mais as na��es at� que os mil anos estivessem terminados. Depois disso, ele dever� ser solto por pouco tempo.

Vi ent�o os tronos, e aos que neles se sentaram foi dado o poder de julgar. Vi tamb�m as vidas daqueles que foram decapitados por causa do Testemunho de Jesus e da Palavra de Deus, e dos que n�o tinham adorado a Besta, nem sua imagem , e nem recebido a marca sobre a fronte ou na m�o: eles voltaram � vida e reinaram com Cristo durante mil anos. Os outros mortos, contudo, n�o voltaram � vida at� o t�rmino dos mil anos. Esta � a primeira ressurrei��o. Feliz e santo aquele que participa da primeira ressurrei��o! Sobre estes a Segunda morte n�o tem poder; eles ser�o sacerdotes de Deus e de Cristo, e com ele reinar�o durante mil anos."
(Apocalipse, 20)

� um trecho que se presta a atordoantes e contradit�rias interpreta��es, e que, como observou Or�genes, o escritor crist�o, na boca de aproveitadores e oportunistas, com grande ascend�ncia sobre os crentes, pode provocar resultados inesperados e perigosos, alimentando fanatismos de toda ordem. Fica claro por�m a �nfase no ano mil como uma data misteriosa, emblem�tica, da qual devia-se suspeitar, podendo ser tomada como o momento da liberta��o (a volta de Jesus), ou como a da terr�vel alforria do Diabo e dos mortos, soltos do fundo do abismo.

O conte�do ideol�gico: no entanto, a vers�o de que ocorrera um p�nico coletivo na chegada do Mil�nio, que tivesse varrido num s� momento a Cristandade inteira n�o tem se confirmado pela acurada investiga��o hist�rica feita por alguns consagrados medievalistas europeus, primeiro por Marc Bloch e, mais recente, por Georges Duby. Eles suspeitam que boa parte daquelas narrativas de um povo enlouquecido de medo, de multid�es reunidas nas igrejas orando, com velas na m�o, freneticamente pedindo perd�o, foram exageradas. Resultaram em parte, segundo os historiadores, da luta ideol�gica travada pelos renascentistas, e retomadas pelos iluministas no s�culo 18, que queriam destacar o inferno psicol�gico e mental em que vivia o homem medieval, soterrado pela supersti��o e pelos espectros fantasmag�ricos do outro mundo. Quanto mais negra pintavam a �poca medieval, mais brilhante pareceriam, em contraste, os tempos modernos, a idade do Renascimento.

O Humanismo: o recado que desejavam transmitir � que o Humanismo, difundido pelos s�bios e pelos pensadores do Renascimento, tinha feito evaporar - gra�as a restaura��o da import�ncia da cultura pag� greco-romana, cl�ssica e racionalista -, os fantasmas do Al�m e as horr�veis bestas descritas no Apocalipse, que infelicitavam a imagina��o da pobre gente da Ida M�dia e que tanto os assustavam.

A imprecis�o dos calend�rios: algumas pondera��es entretanto devem ser feitas. Justamente por n�o serrem precisos os calend�rios crist�os daquela �poca, datando muitos deles de pontos de partidas distintos (na Espanha, por exemplo, acreditava-se que o ano zero deu-se em 38 a.C.), as autoridades escolheram datas diversas para assinalarem a chegada do Mil�nio, e data do Fim do Mundo. Marc Bloch calcula que chegaram a mais de 6 ou 7 , come�ando entre 25 de mar�o de 999, indo at� 31 de mar�o de 1000. Esta inexatid�o trouxe outros dissabores. O medo ao inv�s de dar-se num s� momento manifestou-se em ondas e por largo tempo, variando de regi�o para regi�o, mas seguramente n�o provocou mais desespero do que durante a Peste Negra do s�culo 14. Mal encerrava-se num lugar, aparecia em outro. O motivo dos descontroles eram os mais diversos, uma tempestade violenta ou a not�cia da destrui��o do Santo Sepulcro ocorrida em 1009, bastava para que a turbul�ncia se desse. Tudo indicava-lhes sinais da cat�strofe. O que se segue � basicamente um levantamento geral daquela �poca, a descri��o sint�tica do cen�rio que emoldurou a passagem do primeiro Mil�nio da cristandade.

As fontes: quem poderia nas cercanias do Ano Mil fazer o registro das coisas e dos acontecimentos? Somente um seleto n�mero de cl�rigos sabia ler e escrever, logo � deles que vem a maioria das informa��es do que se pode colher daquela �poca obscura. E, eles n�o se interessavam pela vida cotidiana, pela contabiliza��o da vida material, afinal para eles, a Terra era um vale de l�grimas, um curta e em geral sofrida passagem que o corpo obrigatoriamente cumpria antes de al�ar-se aos c�us. A cr�nica deles contemplou pois os pr�ncipes, os mand�es, os potentados da sociedade feudal.
Desta forma, para uma vis�o um pouco mais ampla restam o que pode denominar-se de documentos auxiliares, que n�o foram escritos por historiadores ou cronistas das cortes: os diplomas das decis�es reais, especialmente os das possess�es das terras, algumas atas dispersas em mosteiros e abadias e o que sobrou de correspond�ncia. A literatura era pobre, e toda ela escrita em latim.

Os escritos hist�ricos: Georges Duby aponta quatro g�neros de escritos hist�ricos que servem para ter-se uma id�ia aproximada do que ocorreu naquela �poca: os primeiros deles s�o os Anais, seguido das Cr�nicas (a Chronicon Novaliciense, a do bispos Thietmar de Mesemburgo e a de Ademar de Chabannes) , depois pelo Livro dos Milagres, que s�o o relato dos prod�gios feitos pelos relic�rios sagrados onde encontravam-se os corpos dos santos e, finalmente, pelos livros de Hist�ria propriamente ditos; os escritos por Dudo, de�o no Vermandois; por Richer monge em Reims; e por Raul Glaber, um eremita peregrino da Borgonha, que � considerado o melhor narrador aquele s�culo.





Para remediar as sobreditas conseqüências, nosso guia local recomendou um remédio chamado ANTINAL (o salvador da pátria para todos os turistas que apresentam os sintomas mencionados). Custa 5 pounds e é vendido em todas as farmácias. Não há contra-indicações, nem mesmo para gestantes. Tomam-se dois comprimidos e, três horas depois, seu organismo ameniza.  Tomamos muito Antinal nessa viagem.  Não fosse isso...
 
Até encontrar o que realmente agrade seu paladar, você já terá se desfeito daqueles injustos e chatinhos
quilinhos a mais. A partir daí vem a questão da quantidade: dificilmente se consegue comer em
quantidade. 
Por serem feitos a base de cereais (grãos: favas, ervilhas, lentilhas, grão-de-bico,
etc.), legumes, verduras bem condimentadas, frutas, ovos e carnes (de boi, frango, peixes, carneiro,
pomba, etc.), os alimentos sustentam.  Tudo pode ser servido com o tradicional tahine (molho de gergelim), bastante forte, por sinal.

Nas bancas, pode-se comprar salgadinhos e refrigerantes.  Nada saudável se formos pensar em 15 dias.
Em função do fuso horário (lá são 6 horas a mais), a fome fica reduzida.  Assim, as comidas e lanches
servirão mais para alimentar que para apreciar.  Come-se pouco e o organismo se dá por satisfeito.
Existe um suco natural de manga, vendido nos bares (os quais devem ser escolhidos a dedo, por questões de higiene), que é realmente uma delícia.  Totalmente natural, sem açúcar e viscoso. 
Naquele calor, é uma boa pedida e alimenta bem.

 
 

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